Criptomoedas em queda: Volume de negociação despenca no fim de ano de 2025

• Volume cai e mercado entra em fase de apatia marcada
• Bitcoin perde força enquanto investidores evitam risco no fim do ano
• Sinais macro sugerem possível retomada do apetite por risco em 2026

O mercado cripto encerra 2025 com volumes no nível, enquanto Bitcoin e altcoins perdem força nas festas. Esse comportamento reforça a cautela típica de fim de ano, quando a atenção migra para outras prioridades.

A queda surpreende analistas porque surge mesmo após meses de forte presença institucional, evidenciando que a combinação entre preços estáveis e feriados derrubou a liquidez do setor. Assim, o mercado encerra o ano sem a intensidade que marcou trimestres anteriores.

Queda consistente nos volumes globais

Dados da Santiment mostram que o volume caiu de forma contínua nas últimas semanas, criando o período de duas semanas mais silencioso desde dezembro de 2024 e reforçando que a atividade de negociação perdeu fôlego rapidamente. A liquidez sumiu nos mercados à vista e derivativos, pois baixa volatilidade e ritmo lento afastaram traders ativos..

Entre as altcoins, a desaceleração é ainda mais evidente, com ETH, SOL, ADA e DOGE exibindo apenas metade da atividade observada no fim de 2024 e revelando menor interesse de curto prazo. A Santiment afirma que o movimento não representa pânico, mas sim apatia, porque o comportamento permanece ordenado e sem sinais de pressão vendedora acentuada.

Sentimento fraco, mas sinais macroeconômicos positivos

Nas redes sociais, o interesse caiu no mesmo ritmo, como destacou a Oro Crypto, que identificou redução contínua nas discussões sobre Bitcoin desde novembro e menor reação às oscilações de preço. A dominância social do BTC caiu, indicando público disperso, ausência de narrativa dominante, incomum no fim anual.

Apesar da fraqueza no sentimento, alguns analistas apontam paralelos com 2020, quando ouro e prata subiram antes de o capital migrar para o Bitcoin, repetindo um padrão que hoje ganha força com o ouro acima de US$ 4.500. Esses movimentos sugerem que metais atuam como indicador antecipado de apetite por risco diante de cortes juros

Mesmo assim, o comportamento técnico continua incerto, já que o Bitcoin opera em US$ 88.590 e precisa romper US$ 90.600 para mirar regiões próximas de US$ 107.000. Se perder o suporte atual, analistas alertam para testes entre US$ 70.000 e US$ 65.000, criando tensão.

No conjunto, volumes baixos, apatia social e níveis técnicos decisivos indicam que o silêncio atual não persistirá. Agora, investidores observam se 2026 começa com uma nova alta ou com uma correção mais profunda, já que o mercado parece se aproximar de um ponto de inflexão claro.

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