O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano) afirmou nesta 2ª feira (29.dez.2025) que não hesitará em ordenar um ataque militar para “erradicar” qualquer tentativa do Irã de reconstruir seu arsenal nuclear. A declaração ocorreu durante encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud), no resort de Mar-a-Lago, na Flórida.
“Espero que o Irã não esteja tentando se fortalecer, como tenho lido, acumulando armas e outras coisas”, disse Trump, em entrevista a jornalistas. “Se estiverem mesmo, não teremos outra escolha senão erradicar esse acúmulo muito rapidamente. Sabemos exatamente para onde estão indo, o que estão fazendo.”
Trump sugeriu que Teerã deveria buscar um acordo diplomático, mas adotou um tom de ultimato: “Onde há fumaça, há fogo Se eles estiverem [se fortalecendo], nós os derrubaremos”.
Israel e Irã travaram um conflito de 12 dias em junho, iniciado por ataques israelenses a instalações militares e nucleares iranianas. O impasse segue sem avanços, mantendo o cenário sob elevada tensão. No sábado (27.dez), o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país está em uma “guerra declarada” contra os Estados Unidos, a Europa e Israel. “Se eles quiserem atacar, naturalmente enfrentarão uma resposta mais decisiva”, afirmou.
Na entrevista coletiva, o republicano reiterou que pretende acelerar a 2ª fase do plano de paz para a região de Gaza. O republicano afirmou que a reconstrução em Gaza deve começar “muito em breve” e elogiou a liderança de Netanyahu, afirmando que, sem ele, Israel “talvez nem existisse agora”.
O ponto central para o avanço das negociações, segundo Trump, é a neutralização militar do grupo extremista Hamas.
Trump voltou a defender o arquivamento dos processos de corrupção contra Netanyahu em Israel (indiciado em 2019 por receber presentes luxuosos). O republicano chamou o aliado de “primeiro-ministro em tempos de guerra” e minimizou as acusações: “Quem se importa com charutos e champanhe?”
Em outubro, Trump pediu ao presidente de Israel, Isaac Herzog, que concedesse um perdão oficial ao premiê.


