O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta terça-feira (23) em alta de 1,46%, aos 160.455,83 pontos — na máxima do dia. O índice voltou aos 160 mil pontos, em um dia de baixa liquidez antes do feriado de Natal.
A sessão foi marcada por correção de ativos domésticos e aumento do apetite ao risco, mesmo com a perda de fôlego das ações da Petrobras e da Vale. O movimento refletiu uma alta mais disseminada entre os papéis que compõem o índice.
Em fala ao Broadcast, Bruno Perri, economista-chefe e sócio-fundador da Forum Investimentos, afirmou que o desempenho da Bolsa refletiu uma correção do excesso de pessimismo observado nos últimos pregões, especialmente em relação às variáveis eleitorais.
Para ele, o cancelamento da entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro ao portal Metrópoles foi interpretado como um sinal de incerteza sobre a consolidação da candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026.
O setor bancário avançou em peso: Santander (+4,41%), BTG Pactual (+2,52%), Banco do Brasil (+2,11%) e Itaú (+1,64%). Petrobras mudou de direção na reta final e subiu (PN +0,20% e ON +0,09%), em dia de nova valorização do petróleo. A Vale terminou praticamente estável (-0,03%).
Entre as maiores altas do dia ficaram C&A (+6,39%), Cogna (+5,85%) e Yduqs (+4,85%). Já Braskem (-4,92%), Bradespar (-1,41%) e Pão de Açúcar (-0,79%) lideraram as quedas.
Acompanhe o gráfico Ibovespa (em tempo real):
O avanço do Ibovespa ocorreu apesar da divulgação do IPCA-15 de dezembro, que veio em linha com as estimativas do Projeções Broadcast, embora tenha mostrado aceleração em relação a novembro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador subiu 0,25% no mês. A leitura reforçou a avaliação de que um eventual ciclo de corte de juros deve começar apenas a partir de março.
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