O Brasil consolidou-se como um dos líderes globais na geração de energia a partir do vento, com parques gigantescos espalhados principalmente pelo Nordeste e Sul. O Especialista em Manutenção de Parques Eólicos é o profissional técnico que garante o funcionamento contínuo dos aerogeradores, ocupando uma carreira que une propósito ambiental com salários atrativos em um setor que não para de crescer.
A remuneração no setor eólico varia conforme o nível de especialização e a periculosidade da função, especialmente para quem trabalha em altura. Suas responsabilidades técnicas envolvem desde a mecânica das pás até sistemas eletrônicos complexos localizados no topo da torre (nacelle). Primeiramente, um técnico iniciante ou auxiliar costuma receber um salário base entre R$ 3.500 e R$ 4.800, acrescido de benefícios e bônus por produtividade.
Em seguida, o valor real sobe consideravelmente devido ao adicional de periculosidade de 30% e, em muitos casos, gratificações por viagens e deslocamentos. Por fim, profissionais em nível pleno ou sênior, ou aqueles que atuam em parques offshore (no mar), podem alcançar ganhos entre R$ 8.000 e R$ 15.000. Portanto, o setor oferece uma curva de crescimento salarial acelerada para quem investe em certificações de segurança e especialização técnica.
Funcionamento de turbinas eólicas que geram energia para milhares de residências
O setor eólico exige diferentes perfis de profissionais, desde a construção dos parques até a operação e manutenção de longo prazo. A estabilidade financeira é um dos pilares que atraem trabalhadores de outras áreas industriais para as energias renováveis. Existem faixas salariais distintas para cada especialidade dentro da cadeia produtiva do vento no Brasil:
Consequentemente, o profissional que possui mobilidade para trabalhar em diferentes regiões do país consegue negociar pacotes de remuneração ainda mais vantajosos.
A área exige coragem para trabalhar em grandes alturas, habilidade técnica em elétrica ou mecânica e uma forte cultura de segurança do trabalho. As competências cruciais para um especialista de sucesso envolvem o domínio de normas internacionais de segurança, como a GWO (Global Wind Organisation), que é obrigatória para subir nas torres. O profissional deve saber interpretar diagramas elétricos complexos e utilizar ferramentas de diagnóstico digital para monitorar a saúde dos componentes.
Adicionalmente, o conhecimento básico de inglês é valorizado, já que a maioria dos manuais e sistemas de controle das turbinas, fabricadas por empresas como Vestas, GE e WEG, utilizam este idioma. O especialista precisa ter disciplina para seguir protocolos rigorosos de manutenção, muitas vezes sob condições climáticas intensas. A busca constante por especialização em hidráulica e eletrônica de potência garante que o profissional se destaque em um mercado cada vez mais tecnológico.
O profissional da energia eólica possui uma remuneração competitiva em comparação com outras fontes de energia e manutenção industrial. O resumo das informações você pode visualizar na tabela a seguir:
| Cargo no Setor Eólico | Nível de Experiência | Salário Médio Estimado (Total) |
| Técnico de Campo Júnior | Inicial (0-2 anos) | R$ 4.500 – R$ 6.200 |
| Técnico de Manutenção Pleno | Intermediário (3-6 anos) | R$ 7.500 – R$ 11.000 |
| Coordenador de Operação | Gestão (7+ anos) | R$ 12.000 – R$ 18.000+ |
Foco seletivo em maquetes de painéis solares e árvores sobre mesa perto de arquiteto em escritório – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi
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O desafio da profissão reside na digitalização dos parques eólicos, onde o uso de drones para inspeção de pás e algoritmos de manutenção preditiva está se tornando o padrão. O especialista de sucesso será aquele que atuar como um analista técnico, unindo a habilidade manual com a interpretação de dados gerados pela turbina em tempo real. Conforme o Brasil inicia seus primeiros projetos de energia eólica offshore, a demanda por técnicos qualificados para trabalhar no mar criará uma nova elite salarial no setor.
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