O deputado federal cassado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse neste sábado (20.dez.2025) que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) é ameaçado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Questionado sobre a decisão da Mesa Diretora de cassar seu mandato, Eduardo disse que Motta “mudou de opinião sobre muita coisa, inclusive sobre anistia”. Afirmou lamentar a medida e disse que o presidente da Casa Baixa advogou contra os interesses de todos os eleitores que o elegeram.
“Hugo Motta está sendo ameaçado por Moraes. Motta mudou a opinião sobre muita coisa, inclusive sobre anistia após a PF, a mando de Moraes, ir fazer uma operação contra a prefeitura do pai dele. Então, dessa maneira, Hugo Motta não permitiu que eu fosse líder da minoria. Como líder da minoria não precisa marcar presença na Câmara”, disse Eduardo em entrevista ao SBT News.
Eduardo teve o mandato cassado pela Câmara na 5ª feira (18.dez) por ultrapassar o limite permitido de faltas. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está nos EUA desde fevereiro.
Conforme o artigo 55 da Constituição Federal, um deputado pode perder o mandato se faltar a ⅓ ou mais das sessões ordinárias no ano legislativo, salvo licenças ou missões autorizadas.
Questionado sobre o motivo de não ter apresentado uma defesa, Eduardo disse que não houve esforço da Câmara para contactá-lo. “Vocês acham que vai adiantar eu fazer alguma defesa? Ou vai só legitimar esse processo?”, declarou.
Alexandre Ramagem (PL-RJ), que também foi cassado, já havia criticado Motta e disse que o chefe da Câmara agiu como uma “marionete” nas mãos de Moraes.

