Cinco dias depois da passagem do ciclone extratropical com vendavais de mais de 80 km/h por São Paulo, 37,4 mil clientes da Enel continuam sem energia elétrica na manhã desta 2ª feira (15.dez.2025).
Em toda a área sob concessão da distribuidora, são 37.439 estabelecimentos sem energia, em um total de 8.502.914 clientes. Destes, 26.964 estão na capital, de acordo com o balanço publicado às 7h34.
No domingo (14.dez), 137.615 imóveis na cidade de São Paulo estavam sem luz.
Na 6ª feira (12.dez), o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou um pedido do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e da Defensoria Pública estadual e deu até 12 horas para que a Enel restabelecesse o fornecimento de energia a todos os seus clientes, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora. Em nota publicada no sábado (13.dez), a distribuidora afirmou que pretendia normalizar o serviço até o fim de domingo (14.dez).
O despacho da 31ª Vara Cível também estabeleceu prazos menores, de até 4 horas, para locais considerados essenciais, como hospitais, outros serviços de saúde, pessoas eletrodependentes, sistemas de abastecimento de água, escolas e unidades de segurança pública.
Segundo a concessionária, o evento climático registrado da 4ª feira (10.dez) à 5ª feira (11.dez) foi o mais prolongado desde o início das medições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em 2006.
As rajadas de vento chegaram a 82,8 km/h e, pela 1ª vez, a estação meteorológica do Mirante de Santana registrou uma sequência contínua de ventos superiores a 70 km/h na cidade de São Paulo.
Desde a manhã da 4ª feira (10.dez), a distribuidora declarou ter mobilizado quase 1.800 equipes em campo ao longo da 5ª feira (11.dez). Com o uso de sistemas de automação e a atuação das equipes, a empresa afirma ter restabelecido o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes.
No domingo, o Ministério de Minas e Energia disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tolerará “falhas reiteradas”.


